A dificuldade de acesso das micro e pequenas empresas (MPEs) às políticas de inovação e acesso a recursos foram apontadas como entraves para o desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de base mineral foi  um dos temas discutido no IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral,  evento aberto ontem e que segue até a quinta-feira (11), na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).

Durante o evento, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e diretor presidente da Associação Brasileira da Indústria das Rochas Ornamentais (Abirochas), Reinaldo Sampaio, criticou a ausência de políticas de inovação para as MPEs. “É preciso compreender o universo das micro e pequenas empresas para que se possa elaborar políticas públicas de inovação para as empresas do setor”, disse ele.

Segundo Albert Hartmann, Superintendente de Indústria e Mineração da Sicm, o seminário dá ênfase estruturas de governança e do estímulo à criação de valor para os produtos através da melhoria tecnológica e da inovação.

Na abertura foi lembrado a redução de ICMS de 27% para 4% para as empresas que atuam no ramo de gemas e jóias, setor em que o estado é o segundo produtor do país com mais de 30 variedades, tendo a esmeralda como seu maior destaque. A produção se concentra em 16 municípios baianos com destaque para Campo Formoso e região.

Atualmente o estado possui apenas um APL de Base Mineral, localizado no município de Ourolândia – próximo a Jacobina –, que tem como foco o mármore bege Bahia. Encontram-se em fase de constituição outros dois APL’s: um em Riachão de Jacuípe (indústria cerâmica) e outro em Campo Formoso (gemas e artesanato mineral). “Estamos também avaliando a criação de um APL de gemas e jóias em Salvador”, disse Albert.
 

Fonte: Bahia Econômica