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São necessárias ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeitos estufas. A conclusão consta do relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgado nesta quinta-feira, dia 7. Segundo o documento, “o benefício da ação imediata para mitigar a mudança do clima supera o custo da inação”. Esse é o terceiro volume produzido pelo Painel.

O relatório traz propostas de redução da emissão de gases poluentes nos setores de energia, indústria, transporte, edificações, agropecuária e uso da terra. Segundo o PBMC, as liberações de dióxido de carbono no Brasil passaram, a partir de 2010, a ser determinadas pelos setores de energia, por causa da queima de combustíveis fósseis, e da agropecuária.

As emissões de gases poluentes da agropecuária representam 35% do total do Brasil, “mantendo-se uma tendência crescente”, segundo o estudo. Ainda de acordo com o relatório, as emissões do setor elétrico vão aumentar 130% na década entre 2011 e 2021.
Para o Painel, as soluções passam pelo uso de energias alternativas, eficiência energética e um padrão de consumo e produção menos intensivo em carbono, que é causador do efeito estufa. Em relação à agropecuária, os pesquisadores destacam que a recuperação de pastagens e a expansão de plantios comerciais de florestas são oportunidades de mitigação.
De acordo com o estudo, o Brasil reduziu, em 2010, as emissões para 1,25 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2). O dado é um comparativo com as emissões de 2,03 bilhões de toneladas em 2005. Apesar dessa redução, o documento mostra que serão necessárias medidas adicionais de mitigação após 2020, tendo em vista a tendência de aumento das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis no país.
 
Agência CNM, com informações da Agência Brasil