Todos os dias os noticiários nacionais alertam para crise financeira mundial e os impactos que a mesma possui sobre o Brasil. Contudo, esse impacto não afeta apenas o ente federativo maior do país, mas cada um dos municípios brasileiros e seus cidadãos.

Essa influencia ocorre tanto de forma direta como indireta. Quando o mercado internacional recua nos seus investimentos, onde muitos desses ocorrem no Brasil, diminui-se a produção e com isso a arrecadação afetando assim as transferências governamentais voluntárias que não serão tão generosas como no ano anterior. Da mesma forma, as transferências constitucionais obrigatórias em que os seus percentuais incidem sobre o PIB obviamente também serão inferiores.


O impacto vai além da diminuição dos repasses do governo federal para os municípios, oriundos da arrecadação de impostos, afeta também na arrecadação direta do município e na vida dos cidadãos. A Bahia é composta por municípios que atuam fortemente no cenário mundial com a exportação de seus produtos como o café e as flores da região sudoeste do estado, o sisal da região sisaleira, as frutas do Vale do São Francisco, o minério e muitas outras matérias-primas.


Com a crise financeira mundial muitos países deixaram de importar esses produtos ou aumentaram os preços de insumos e tecnologias para produção desses bens, dessa forma aumenta-se o valor do produto em sua origem e diminui a procura pelo país exportador, afetando dessa forma a economia municipal diretamente e gerando o temido desemprego.


Com o objetivo de capacitar os prefeitos eleitos para o mandato 2013/2016 para enfrentar a os efeitos da crise econômica mundial em suas cidades, a União dos Municípios da Bahia (UPB), debaterá o assunto, e muitos outros, durante o Encontro de Prefeitos Eleitos e Reeleitos: “Sustentabilidade e Inovação, Desafios para a Nova Gestão”, que acontecerá entre os dias 09 e 11 de novembro, no Resort Vila Galé, na orla de Camaçari.

“É preciso que os gestores baianos compreendam o cenário econômico mundial e seus efeitos nos municípios, pois hoje é impossível viver de forma isolada no mundo cada vez mais globalizado. Até o salário nacional é influenciado pelo cenário econômico mundial. Os insumos para produção agrícola, a exportação de nossos produtos e serviços, o nosso turismo, tudo é afetado pela crise mundial. Mas, como fazer para viver e continuar se desenvolvendo mesmo com a crise? São perguntas como esta e muitas outras que buscaremos responder aos gestores municipais durante o encontro”, destaca Luiz Caetano, prefeito de Camaçari e presidente da UPB. (Fonte: André Damasceno – Ascom UPB)