Novo Selo Casa Azul + Caixa foi apresentado na quarta-feira, 12 de agosto, com critérios de inovação para a certificação de empreendimentos habitacionais. O objetivo das atualizações é promover classificação socioambiental de propostas que adotem soluções eficientes na concepção, na execução, no uso, na ocupação e na manutenção das edificações. A área de Planejamento Territorial e Habitação da Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca as mudanças promovidas no setor habitacional a partir das novidades da certificação.

A Caixa Econômica Federal criou o Selo em 2009 para servir de sistema de classificação de índice de sustentabilidade de projetos habitacionais desenvolvido para a realidade da construção habitacional brasileira. Por meio dele, é possivel reconhecer e incentivar a adoção de soluções urbanísticas e arquitetônicas de qualidade, assim como o uso racional dos recursos naturais na produção de empreendimentos a serem executados no âmbito dos programas operacionalizados pela instituição financeira.

Dentre as novidades estruturais, o Selo agora terá a categoria Diamante, e critérios de inovação, considerando sistemas eficientes de automação predial – automação de fachada, climatização inteligente, etc; de conectividade, com disponibilidade de Wi-fi e tomadas USB nas áreas de uso Comum; e de aplicação do Building Information Modeling (BIM) – Modelagem de informações de construção em português – na gestão integrada do empreendimento em suas diversas etapas.

Classificações
Foram estabelecidas quatro classificações, 15 critérios obrigatórios e novos identificadores. Os níveis serão: Bronze, Prata, Ouro e Diamante, cada nível deve considerar uma quantidade mínima de identificadores, sendo eles: Qualidade Urbana, Eficiência Energética, Gestão Eficiente da Água, Produção Sustentável, Desenvolvimento social e Inovação. Desde a remodelação do Selo, no primeiro semestre de 2020, dez empreendimentos já foram certificados. Atualmente, 43 empreendimentos têm o certificado, deles, 22 no Sudeste, nove no Nordeste, nove no Sul e três no Centro-Oeste.

De acordo com a CNM, por ser detentora de 70% a 80% do mercado habitacional, a adoção de práticas de inovação pela Caixa tem grande relevância e impacto na direito na estrutura das cidades brasileiras. A entidade aponta a contribuição da medida para a transformação dos espaços urbanos, benefícios urbanísticos, sociais e econômicos. Além de construções sustentáveis e inovadoras, conforme reconhece a área técnica da entidade, a certificação contribuiu para a sustentabilidade urbana e traz benefícios de redução do custo de manutenção das moradias, edifícios e das despesas mensais de seus usuários.

Necessidade
Dez anos depois de sua criação, verificou-se a necessidade de renovar as diretrizes do Selo para adequar às atualizações normativas, incorporar as inovações promovidas na construção civil, ajustando-as aos novos cenários urbanos, econômicos e sociais. O desafio é tornar a construção sustentável atrativa, no aspecto do mercado, para os empreendedores para fomentar a produção de empreendimentos com qualidade, conforto ambiental e praticas sustentáveis e inovadoras.

Municípios são elegíveis para apresentar projetos s para obtenção do Selo, além de construtoras, incorporadoras, empresas públicas de habitação, cooperativas, associações e entidades organizadoras sem fins lucrativos, sendo aplicável a qualquer projeto de produção de empreendimentos habitacionais, nas linhas de financiamento. Para participar da certificação é necessário seguir as regras dos programas e linhas de financiamento e atender às Normas de Desempenho (NBR 15.575). É preciso ainda observar as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação Técnica (Sinat) nos casos de uso de sistemas inovadores e verificar o Código de práticas Caixa.

Da Agência CNM de Notícias, com informações da Caixa